PAGINA INICIAL

domingo, 9 de dezembro de 2012

Funkeira transexual virou cantora e namora ex-jogador de futebol Ela disse que foi convidade por Mc Marcinho para uma parceria e prontamente aceitou o convite



Arquivo pessoal
Funkeira Paloma
A funkeira Paloma, que nasceu com o nome de Gilson Salume Moura, irá seguir a carreira de contora. Ela disse que foi convidade por Mc Marcinho para uma parceria e prontamente aceitou.

Ela está namorando o ex-jogador de futebol Kaiser que já jogou no Vasco, Palmeiras, Botafogo e Fluminense e que não tem vergunha de apresentá-la como namorada. Ele deixou o futebol e se transformou num personal trainer.

Ela matéria de Evelyn Moraes do R7 que conta história da funkeira carioca


O nome dela é Gilson Salume Moura, mas desde a adolescência, é chamada de Paloma. Depois de assumir o corpo de mulher e nova identidade, ter sido modelo e finalista de concurso para dançarina do grupo Gaiola das Popozudas, a transexual agora é Paloma Transtornada do Funk. Nascida em Volta Redonda, município do interior do Rio, a loira alta de formatos turbinados fala sobre sua infância e vida amorosa: ela se tornou a primeira cantora transexual do ritmo carioca e conquistou o coração do ex-jogador de futebol Carlos Henrique Kaiser. 

O namoro e a carreira são novos, mas Paloma já foi modelo, atriz e dançarina. A primeira música gravada como funkeira foi Joga Bumbum. A segunda tem um nome inusitado — Vem me aquendar — que, como ela explica, “significa vem me pegar”. O próximo passo será gravar com MC Marcinho.

— O MC Marcinho me convidou para uma parceria. A música ainda não está pronta, mas posso adiantar que será algo no estilo dos sucessos dele, no ritmo do funk melody.

Infância no interior do Rio

Paloma conta que nasceu mulher em corpo de homem. Quando pequena, gostava de brincar de boneca e de se vestir com roupas de menina. Fez tudo o que uma garota tem direito: passou batom da mãe, calçou sapatos altos e desfilou na frente do espelho. Aos 13 anos, a transexual começou a tomar hormônios femininos e decidiu que, um dia, faria uma cirurgia para mudar de sexo. Mas, segundo ela, a ideia não passava de uma pressão social.

— Eu cheguei a marcar a cirurgia, mas desisti porque tenho uma cabeça boa em relação à mudança de sexo. Sou autêntica, não preciso me 'mutilar' para provar quem eu sou. Eu nunca serei mulher. Eu gosto de 'estar' mulher e isso é o que importa para mim. Não vou operar para satisfazer as pessoas.

A ousadia em realizar o seu sonho foi maior do que o preconceito que teve que enfrentar na rua. Em casa, Paloma conta que nunca foi reprimida pelos pais. Ainda novinha, deixou os cabelos crescerem, ficou loira, depilou os pelos do corpo e passou a usar maquiagem. Para ficar ainda mais feminina, com o tempo, foi aprimorando a aparência. Hoje ela tem silicone nos seios e nos quadris, aplique nos cabelos, malha todos os dias e toma suplementos alimentares para definir as curvas do corpo.

— Eu sempre fui confundida com mulher. Eu ganhava boneca e objetos de menina de presente. Eu acho que eu nasci no corpo errado mesmo.

Namorado “171” do futebol

O encontro com Kaiser aconteceu em uma competição de mulheres wellness (que malham para ficar com o corpo perfeito sem tomar anabolizantes) no Rio. Ele não tem vergonha de apresentar a namorada na academia que trabalha no centro da capital e se orgulha em dizer que vai investir nela para ser a primeira transexual wellness do Brasil.

Ao contrário da maioria dos garotos, Kaiser nunca sonhou em ser jogador, mas a mãe dele o obrigou a treinar desde pequeno. Ele conta que, quando tinha 13 anos, a mãe vendeu seu passe para um empresário francês e ele foi obrigado a assinar com clubes grandes, como Vasco, Botafogo, Fluminense e Palmeiras, pois não tinha dinheiro para pagar a rescisão dos contratos.

— Eu não queria jogar futebol, mas a minha mãe me obrigava. Eu queria estudar, me formar, fazer intercâmbio, menos jogar futebol.

Kaiser lutava contra o dom de ser jogador. Ele sabia jogar, mas evitava mostrar para os treinadores sua qualidade nos gramados. Para não entrar em campo, o ex-jogador inventava uma história e era dispensado dos jogos. Ele chegou a ser chamado de panelinha e chinelinho e até ser agredido por torcedores.

— Os torcedores me odeiam, mas sou considerado ídolo entre os jogadores. Como naquela época não tinha ressonância magnética, eu inventava uma dor muscular, uma contusão e os médicos me liberavam.

Aos 40 anos, Kaiser cansou de ser o “171” do futebol, largou as chuteiras e se tornou personal trainer. Atualmente é treinador de wellness e promove campeonatos beneficentes. 
portal correio

Nenhum comentário:

Postar um comentário