O fundador do site WikiLeaks , Julian Assange , disse nesta quinta-feira que não será "intimidado" ao prometer que seu site de vazamentos divulgará mais de 1 milhão de novos documentos no próximo ano. Segundo ele, os arquivos a ser publicados afetarão "cada país deste mundo". "O WikiLeaks já tem mais de 1 milhão de documentos que estão sendo preparados para ser difundidos", disse.
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Em um discurso inédito do balcão da Embaixada do Equador em Londres, onde está refugiado há seis meses , ele também pediu a seus partidários que defendam o país sul-americano das ingerências dos EUA.
"Os apelos dos poderosos dos EUA por sanções econômicas contra o Equador simplesmente por defender meus direitos são errados e injustos", declarou o ativista australiano, de 41 anos, diante de uma centena de partidários e quase o mesmo número de jornalistas reunidos perante um sofisticado edifício de tijolos vermelhos enfeitado com decorações natalinas.
"O presidente (do Equador Rafael) Correa disse com razão que os princípios equatorianos não estão à venda. Devemos nos manter unidos para defender o povo do Equador de uma intervenção em sua economia e de uma interferência em suas eleições" presidenciais de fevereiro de 2013, acrescentou o ex-hacker.
Assange dirigiu palavras de agradecimento ao país que o acolheu em sua representação diplomática, em 19 de junho, antes de lheconceder o asilo , em 16 de agosto, ao considerar fundamentados os temores de uma eventual extradição aos EUA.
"Há seis meses entrei neste edifício. Virou minha casa, meu escritório e meu refúgio. Graças à postura de princípios do governo do Equador e do apoio de seu povo, estou seguro nesta embaixada e posso falar com vocês", afirmou em sua segunda manifestação pública durante esse período.
"Embora minha liberdade seja limitada, posso continuar trabalhando e me comunicando", acrescentou em outro momento de seu discurso, de dez minutos de duração.
Assange lembrou que, apesar de tudo o que aconteceu, 2012 foi um ano muito importante para o WikiLeaks, site especializado na divulgação de informações sigilosas, que difundiu "quase um milhão de documentos", incluindo alguns sobre a guerra na Síria .
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Assange se refugiou na embaixada para evitar uma extradição iminente à Suécia como suspeito de quatro supostos crimes sexuais . Para Assange, a extradição ao país escandinavo seria apenas uma escala para sua entrega aos EUA, onde poderia ser condenado pela divulgação de documentos secretos.
Seu caso continua sem solução, enquanto o Equador tenta obter um salvo-conduto ou garantias de que não haverá segunda extradição caso seja enviado à Suécia.
*Com AFP e BBC ultimosegundo.ig
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