A seca obrigou o governo a suspender a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa na Paraíba, até 31 de dezembro deste ano. A campanha estava prevista para ser iniciada nesta quinta-feira (1º). A seca na Paraíba já causou a perda de 40% do rebanho animal. A falta de chuva no estado atinge cerca de 60 mil produtores, que amargam uma queda de 70% da produção adquirida pelo Programa do Leite, que atende a 120 mil famílias no estado.
Para não perder completamente seus rebanhos, os produtores tentam vender os animais nas feiras livres. O sobrepeso dos animais reduz o seu valor de mercado. O preço caiu em torno de 88,24%. A cabeça de gado chega a ser negociada abaixo de R$ 200.
Com a vacinação da febre afstosa suspensa, os criadores paraibanos ficam obrigados a comparecer as Unidades da Defesa Agropecuária para atualizarem seus cadastros. Caso contrário ficarão impedidos de participar dos programas governamentais direcionados a atividade agropecuária.
Na zona rural a preocupação é salvar os animais que resistem à estiagem. Grande parte de animais é alimentado com mandacarú (planta espinhosa da família dos cactos, que chega a atingir mais de cinco metros de altura e que tem polpa branca). Falta ração para o rebanho.
Na semana passada, o anúncio de que o governo dispobilizaria ração levou dezenas de pequenos criadores da região de Sousa (no Alto Sertão, a 427 quilômetros da Capital) a ocuparem as ruas da cidade. Eles tiveram que voltar às suas propriedades sem o alimento para os animais. Na zona rural do município, também falta água e comida.
Nesta terça (30), o Governo do Estado lançou um programa emergencial de distribuição com preço subsidiado em 50% milho ou sorgo, torta de algodão e farelo de soja. Foram adquiridas 4.225 toneladas de farelo de soja e torta de algodão e 4.400 toneladas de silagem de milho e sorgo. O governo assegura que está investindo R$ 7 milhões na compra de ração animal.
O programa é coordenado e executado pela Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa) e tem a supervisão da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap).
A torta de algodão e o farelo de soja serão vendidos nos escritórios e armazéns da Empasa de Campina Grande, Monteiro, Patos, Itaporanga, Pombal, Sousa e Catolé do Rocha. Já a silagem, nos postos da Empasa de Campina Grande, Monteiro, Patos e Sousa.
As chuvas que alcançaram volume de aproximadamente 150 mm até o momento não foram suficiente para formação de água e pastagens para os rebanhos da caatinga. Esses animais apresentam uma exigência maior em alimentos para sobrevivência ao contrário dos pequenos rebanhos de caprinos que consome um volume bem menor do que um bovino de 150 a 200 kg de peso vivo.
O produtor Renê Cavalcante, que reside na zona rural de Patos, perdeu mais de 20 animais. “É difícil a gente ver isso acontecer e não conseguir evitar a morte dos animais. Sem alimento suficiente as vacas ficam muito fracas e não resistem”, lamentou.
O município de Patos fica às marges da BR 230, no Sertão paraibano. Lá, as chuvas deste ano não representam nem 29% do que choveu em 2011. Mesmo assim, a realidade nem chega perto do que acontece na zona rural de municípiuos do Cariri, como Monteiro, onde 70% do rebanho já foi dizimado. Das 23.299 cabeças de gado, em torno de 16.300 já morreram na cidade.
O rebanho de caprinos também é afetado. Dos 300 criadores que forneciam leite de cabra para uma cooperativa de Monteiro, apenas 80 continuam criando os animais. "A estiagem está castigando muito os produtores dessa região, e eles não têm como manter os animais vivos", lamentou Rubens Remígio, coordenador técnico da cooperativa.
Os pecuaristas de Monteiro não são beneficiados por este projeto. Para eles, o governo promoveu um programa emergencial para distribuição de ração animal. São 1.080 criadores cadastrados. A cada semana 400 deles são atendidos. Em toda a Paraíba são 20 pontos de distribuição, que entregam entre 30 e 40 toneladas de ração.
A preocupação dos Serviços Veterinários Oficiais (SVOs) é pelo comprometimento dos índices vacinais e proteção dos rebanhos em função dos efeitos danosos da seca. Isto porque os animais ficam debilitados com baixíssimo peso, e dificuldade de manejo, fazendo com que eles não respondam satisfatoriamente a vacina por causa do estado nutricional comprometido.
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, ressalta que a medida adotada nos estados da região Nordeste não afetará o processo de reconhecimento da região como zona livre da febre aftosa com vacinação em 2013.
Para não perder completamente seus rebanhos, os produtores tentam vender os animais nas feiras livres. O sobrepeso dos animais reduz o seu valor de mercado. O preço caiu em torno de 88,24%. A cabeça de gado chega a ser negociada abaixo de R$ 200.
Com a vacinação da febre afstosa suspensa, os criadores paraibanos ficam obrigados a comparecer as Unidades da Defesa Agropecuária para atualizarem seus cadastros. Caso contrário ficarão impedidos de participar dos programas governamentais direcionados a atividade agropecuária.
Na zona rural a preocupação é salvar os animais que resistem à estiagem. Grande parte de animais é alimentado com mandacarú (planta espinhosa da família dos cactos, que chega a atingir mais de cinco metros de altura e que tem polpa branca). Falta ração para o rebanho.
Na semana passada, o anúncio de que o governo dispobilizaria ração levou dezenas de pequenos criadores da região de Sousa (no Alto Sertão, a 427 quilômetros da Capital) a ocuparem as ruas da cidade. Eles tiveram que voltar às suas propriedades sem o alimento para os animais. Na zona rural do município, também falta água e comida.
Nesta terça (30), o Governo do Estado lançou um programa emergencial de distribuição com preço subsidiado em 50% milho ou sorgo, torta de algodão e farelo de soja. Foram adquiridas 4.225 toneladas de farelo de soja e torta de algodão e 4.400 toneladas de silagem de milho e sorgo. O governo assegura que está investindo R$ 7 milhões na compra de ração animal.
O programa é coordenado e executado pela Empresa Paraibana de Abastecimento e Serviços Agrícolas (Empasa) e tem a supervisão da Secretaria de Estado do Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca (Sedap).
A torta de algodão e o farelo de soja serão vendidos nos escritórios e armazéns da Empasa de Campina Grande, Monteiro, Patos, Itaporanga, Pombal, Sousa e Catolé do Rocha. Já a silagem, nos postos da Empasa de Campina Grande, Monteiro, Patos e Sousa.
As chuvas que alcançaram volume de aproximadamente 150 mm até o momento não foram suficiente para formação de água e pastagens para os rebanhos da caatinga. Esses animais apresentam uma exigência maior em alimentos para sobrevivência ao contrário dos pequenos rebanhos de caprinos que consome um volume bem menor do que um bovino de 150 a 200 kg de peso vivo.
O produtor Renê Cavalcante, que reside na zona rural de Patos, perdeu mais de 20 animais. “É difícil a gente ver isso acontecer e não conseguir evitar a morte dos animais. Sem alimento suficiente as vacas ficam muito fracas e não resistem”, lamentou.
O município de Patos fica às marges da BR 230, no Sertão paraibano. Lá, as chuvas deste ano não representam nem 29% do que choveu em 2011. Mesmo assim, a realidade nem chega perto do que acontece na zona rural de municípiuos do Cariri, como Monteiro, onde 70% do rebanho já foi dizimado. Das 23.299 cabeças de gado, em torno de 16.300 já morreram na cidade.
O rebanho de caprinos também é afetado. Dos 300 criadores que forneciam leite de cabra para uma cooperativa de Monteiro, apenas 80 continuam criando os animais. "A estiagem está castigando muito os produtores dessa região, e eles não têm como manter os animais vivos", lamentou Rubens Remígio, coordenador técnico da cooperativa.
Os pecuaristas de Monteiro não são beneficiados por este projeto. Para eles, o governo promoveu um programa emergencial para distribuição de ração animal. São 1.080 criadores cadastrados. A cada semana 400 deles são atendidos. Em toda a Paraíba são 20 pontos de distribuição, que entregam entre 30 e 40 toneladas de ração.
A preocupação dos Serviços Veterinários Oficiais (SVOs) é pelo comprometimento dos índices vacinais e proteção dos rebanhos em função dos efeitos danosos da seca. Isto porque os animais ficam debilitados com baixíssimo peso, e dificuldade de manejo, fazendo com que eles não respondam satisfatoriamente a vacina por causa do estado nutricional comprometido.
O diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Guilherme Marques, ressalta que a medida adotada nos estados da região Nordeste não afetará o processo de reconhecimento da região como zona livre da febre aftosa com vacinação em 2013.
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