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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Juros para consumidor e para empresa é o menor da história Taxa cobrada para famílias caiu 0,4 ponto percentual


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A taxa de juros para consumidores e empresas continuou em trajetória de redução, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo BC (Banco Central).

A taxa de juros cobrada das famílias caiu 0,4 ponto percentual para 35,4% ao ano, de setembro para outubro. Essa é a menor taxa registrada pelo BC na série histórica, iniciada em 1994.

A taxa cobrada das empresas também atingiu o menor nível desde 2000, ao cair 0,5 ponto percentual e ficar em 22,1% ao ano.
A partir desses dados, a taxa média de juros de empresas e pessoas físicas recuou 0,6 ponto percentual e ficou em 29,3% ao ano.

O spread (diferença entre a taxa de captação de dinheiro pelo banco e a cobrada dos clientes) teve queda de 0,1 ponto percentual para pessoas físicas e ficou em 27,8 pontos percentuais. No caso das empresas, a redução foi 0,3 ponto percentual para 15 pontos percentuais.

A inadimplência, considerados os atrasos acima de 90 dias, ficou estável para as famílias em 7,9%. Em outubro, as empresas tiveram inadimplência 0,1 ponto percentual maior que em setembro, ao ficar em 4,1%.

Taxa básica dos juros

Na última quarta-feira (28), o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a atual taxa básica de juros, a Selic, a 7,25% ao ano. É o menor patamar da história.

A taxa estava em uma trajetória de queda desde agosto de 2011. Com a definição do Copom, o Banco Central interrompeu uma sequência de dez cortes. 

Entenda a Selic

A taxa básica de juros é um instrumento do governo para segurar a oferta de crédito de bancos, financeiras e das próprias lojas, ou seja, para estimular ou frear o consumo e, assim, controlar o avanço natural dos preços. 

Quando a Selic sobe, o dinheiro fica mais caro e a população pega menos empréstimos — para comprar desde casas, carros e eletrodomésticos até contratar serviços, entre outros. Assim, a escalada da inflação diminui.

Ela é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado, que são influenciados também por outros fatores, como o risco de quem pegou o dinheiro emprestado não pagar a dívida. 

Ela é usada nos empréstimos interbancários (entre bancos) e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais. É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes. 

Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto. Por isso, os juros que os bancos cobram dos clientes é superior à Selic.

As reduções da Selic provocaram uma queda nos juros cobrados pelos bancos aos consumidores e às empresas na hora de contratar empréstimos. Desde abril, as instituições financeiras vêm derrubando as taxas de operações de crédito como cheque especial, crédito consignado (descontado diretamente na folha de pagamento) e empréstimo para financiamento de veículos.
noticias.r7.com

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