Será que os computadores um dia ficarão mais inteligentes do que os humanos e dominarão o mundo
ou isso só acontece em filmes de ficção científica? Filósofos e
cientistas da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, acham que a
questão merece atenção, e anunciaram no domingo a criação do Centro para
estudo de Riscos à Existência, segundo o Huffington Post.
"No
caso da inteligência artificial, parece razoável prever que em algum
momento neste século ou no próximo a inteligência vai escapar das
restrições biológicas", aponta o professor de filosofia de Cambridge Huw
Price. "(Então) não seremos mais as coisas mais inteligentes por aqui",
completa.
Ele não pensa em computadores malvados, mas ressalva que as máquinas inteligentes teriam "interesses
que não nos incluem". Price sabe que algumas pessoas acreditam que a
preocupação é fora de proporção, mas alerta que "como não se sabe quão
sérios são os riscos, não se tem uma previsão temporal, esquecer a ideia
é perigoso".
O professor explica que é difícil
prever que tipo de riscos as máquinas inteligentes podem representar,
mas exemplifica que os computadores poderiam começar a usar recursos
para o próprio benefício, desconsiderando as preocupações humanas. Ele compara
a situação ao domínio do homem sobre o planeta, que ao se espalhar para
outras terras começou a consumir para o próprio bem recursos que eram
essenciais à vida de outros animais.
O Centro para estudo
de Riscos à Existência é uma iniciativa de Price com Martin Rees,
docente de cosmologia e astrofísica, e Jann Tallinn, de computação. A
inauguração, segundo a universidade, está planejada para o próximo ano.
jb.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário