A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) dedica este ano às cooperativas agrícolas de todo o mundo o Dia Mundial da Alimentação, celebrado no dia 16 de outubro pela 30.ª vez.
O tema “Cooperativas agrícolas alimentam o mundo” foi escolhido “para destacar como as cooperativas e organizações de produtores agrícolas ajudam concretamente e de múltiplas formas a garantir a segurança alimentar, a criação de emprego e aliviar as pessoas da pobreza”, escreve o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, na sua mensagem sobre a data.
“Para a FAO e os seus parceiros, as cooperativas agrícolas são aliadas naturais na luta contra a fome e a pobreza extrema”, sublinha o responsável, lembrando que também as Nações Unidas declararam 2012 o “Ano Internacional das Cooperativas”.
Crise alimentar
Em sua mensagem, o diretor-geral lembra que as últimas três décadas foram “de declínio dos investimentos nacionais na agricultura e na ajuda pública ao desenvolvimento” e lamenta que os compromissos assumidos por muitos países após a crise alimentar de 2007-2008 não tenham sido traduzidos em políticas concretas, programas e recursos financeiros.
“Não se soube tirar partido do aumento dos preços dos alimentos, de 2007-2008, para ajudar os pequenos produtores a encontrarem um caminho para saírem da pobreza”, sublinha Graziano, que lembra que “todos os dias, em todo o mundo, os pequenos produtores continuam a enfrentar dificuldades”.
Para o diretor-geral, a falta de infraestruturas, o acesso limitado a serviços e informações, ativos produtivos e mercados, bem como a fraca representação na tomada de decisões “impedem os pequenos produtores de alcançar o seu potencial e contribuir para a segurança alimentar – a sua e a de todos”.
Cooperativas
Para o ex-ministro brasileiro e antigo responsável pelo programa Pobreza Zero do governo de Luís Inácio Lula da Silva, a solução para superar estas limitações passa pela reunião dos agricultores em cooperativas e organizações fortes.
“Essas associações podem reduzir os custos dos agricultores, permitindo-lhes adquirir em grupo e beneficiar de melhores preços na compra de fatores de produção agrícola, assim como tornam possível aos produtores desempenhar um papel ativo na tomada decisões e na formulação de políticas”, exemplifica.
Recordando suas prórpias palavras, quando afirmou que existem no mundo os meios para eliminar a fome e a subnutrição, Graziano da Silva insiste que o que falta “é a criação de um ambiente favorável que permita aos pequenos produtores tirar pleno partido das oportunidades disponíveis”. “As cooperativas e as organizações de produtores fortes têm um papel essencial a desempenhar”, sublinha.
O diretor-geral garante ainda que a FAO, em conjunto com as Nações Unidas e outros parceiros, “continuarão a fortalecer e a apoiar as cooperativas, como atores chave, para abrir a porta a novas oportunidades” e para melhorar a segurança alimentar num mundo mais sustentável.
O diretor-geral garante ainda que a FAO, em conjunto com as Nações Unidas e outros parceiros, “continuarão a fortalecer e a apoiar as cooperativas, como atores chave, para abrir a porta a novas oportunidades” e para melhorar a segurança alimentar num mundo mais sustentável.
Segundo a FAO, uma cooperativa é uma associação de mulheres e homens que se juntam para formar uma empresa de propriedade conjunta, democraticamente controlada, em que a obtenção de lucro é apenas parte da história. “As cooperativas colocam as pessoas acima do lucro”, sublinha a entidade. “Elas ajudam os seus membros a concretizar as suas aspirações sociais, culturais e econômicas. Uma cooperativa é uma empresa social que promove a paz e a democracia”.
Com informações da EBC/noticias.portalbraganca
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