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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Executivos do Banco Rural já somam 71 anos em punições


Executivos do Banco Rural já somam 71 anos em punições
O Banco Central já puniu administrativamente 13 executivos do Banco Rural que ajudaram a financiar o mensalão, proibindo os banqueiros de ocupar cargos em instituições financeiras por determinado período. Somadas, as punições chegam a 71 anos. Entre os punidos, estão os quatro réus do mensalão ligados ao Rural - José Roberto Salgado, Kátia Rabello, Ayanna Tenório e Vinícius Samarane. Juntos, eles totalizam 30 anos de penas, além de multas em dinheiro. Todos estão recorrendo contra as punições. O Rural também teve que pagar multa de R$ 1,6 milhão ao BC. A instituição ainda recorre contra outra punição, de R$ 200 mil. As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo.

As penalidades foram definidas pelo Banco Central entre 2007 e 2008, mas o órgão responsável pela análise das apelações dos banqueiros, o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, não julgou o caso até hoje. Em nota, a assessoria de imprensa do Banco Rural afirmou que seus diretores não descumpriram as normas do sistema financeiro e disse que espera reverter as punições aplicadas. O Rural ajudou a financiar o mensalão emprestando R$ 3 milhões para o PT e outros R$ 29 milhões para agências de propaganda do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, apontado como operador do esquema. Os empréstimos são considerados fraudulentos pela Procuradoria-Geral da República, que acusa o banco de ter simulado essas operações para disfarçar o desvio de recursos públicos para o mensalão, ocultando a real origem do dinheiro do esquema.

O mensalão do PT

Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.


Terra/folhadosertao.com

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