A partida em questão aconteceu no dia 19 de março de 1999, pela segunda fase da Copa do Brasil daquele ano. O Galo da Borborema entrou em campo para enfrentar uma equipe que tinha no elenco estrelas como Marcelinho Carioca, Edílson, Vampeta, o colombiano Fred Rincón e o paraguaio Gamarra. Pelo lado trezeano, os destaques eram o zagueiro Batista, o atacante Valério e o goleiro Felinho. Para Shylton Fernandes, aqueles 90 minutos estiveram entre os momentos mais emocionantes que ele já viveu.
- Eu lembro que estava na arquibancada geral do Amigão. Era uma situação muito difícil, porque os dois times para os quais eu torcia estavam em campo. O coração ficava dividido, e eu tenho certeza que aquela emoção foi uma das coisas mais fantásticas por que eu já passei. No final, eu torci mais pelo Treze, que é o time da minha cidade. É que na hora o sentimento de paraibano foi o que falou mais alto – declarou o compositor.
Shylton relembra dia EM que viu o Amigão lotado
(Foto: Silas Batista/GLOBOESPORTE.COM)
Mesmo enfrentando uma das equipes mais poderosas do Brasil, que tinha
sido campeã brasileira no ano anterior, o Alvinegro de Campina Grande
não se intimidou e, diante de um Estádio Amigão completamente lotado,
arrancou um empate por 2 a 2 e foi para São Paulo em busca de uma
classificação que poderia ser histórica.(Foto: Silas Batista/GLOBOESPORTE.COM)
Os gols do Treze, que em 1999 era comandado pelo técnico Nereu Pinheiro, foram marcados por Ânderson e Wendell. Já a equipe corintiana, que tinha à frente o treinador Evaristo de Macedo, marcou com Rodrigo e Fernando Baiano.
Quando o Treze fez o segundo gol, eu quase não acreditei. Era muita gente no estádio. Muita gente comemorando, chorando"
Shylton Fernandes
O jogo era equilibrado. Mas oTreze foi para cima. Após cobrança de escanteio, Wendell concluiu de cabeça para empatar.
- Quando o Treze fez o segundo gol, eu quase não acreditei. Era muita gente no estádio. Muita gente comemorando, chorando. A emoção tomou conta de todo mundo que estava ali. Fiquei feliz demais. Foi algo inesquecível.
Antes do fim do jogo, os dois times ainda tiveram uma chance cada um de sair com a vitória, mas o resultado acabou mesmo em 2 a 2.
- Além de o Treze ter conseguido marcar o gol, meus dois times saíram de campo sem perder. Isso é muito bom quando a gente vai assistir a um jogo e torce para os dois que estão lá dentro de campo – acrescentou Shylton Fernandes.
Os dois times também não perderiam no jogo de volta. Após novo 2 a 2, no Pacaembu, no dia 1º de abril, o Corinthians se classificou nas cobranças de pênaltis.
Shylton Fernandes é torcedor do Treze e do Corinthians, mas na hora prevaleceu sua paraibanidade
(Foto: Silas Batista/GLOBOESPORTE.COM)
Da Paraíba para o mundo(Foto: Silas Batista/GLOBOESPORTE.COM)
Depois de ficar conhecido em todo o Brasil após a dancinha coreografada por Neymar, o sucesso “Eu quero tchu, eu quero tcha” ganhou o mundo. Quem contribuiu com a “internacionalização” da música foi a atacante brasileira Marta, que fez a coreografia da música ao marcar um gol durante uma partida do Campeonato Sueco. Além da craque brasileira, jogadores do Barcelona, Real Madrid e Milan mandaram ver no passo da música composta por Shylton.
- É muito bom ver a minha música fazendo sucesso até fora do país. Agradeço muito ao Neymar, porque foi ele quem a divulgou naquele jogo contra o Palmeiras. Gostaria muito de um dia poder encontrar com ele e agradecer pelo que ele fez. Quem sabe um dia eu consigo um encontro com ele lá em Santos – disse.
Globoesporte
Nenhum comentário:
Postar um comentário