Filho do primeiro casamento do folclórico massagista Eduardo Santana, o Pai Santana, Roberto Santana segue os caminhos do pai, falecido em 2011. Aos 45 anos, Bola Sete, como é conhecido, vem se tornando um personagem folclórico nas competições esportivas do país. Atuando como animador de torcidas desde 1994, o carioca de 220 kg e 1,84m virou marca registrada em eventos como showbol, futebol de areia e vôlei de praia. Irreverente e dono de um estilo inconfundível, Bola já viveu as mais variadas situações na profissão.
- Fui fazer uma rodada do Brasileiro de showbol no Rio Grande do Sul, com jogos à noite. Estava 0º e eu fui trabalhar com vários casacos, duas calças e touca. Quando cheguei ao ginásio, vi que o público nem se mexia por causa do frio. Tive que extrapolar nas brincadeiras e acabei conseguindo dar uma agitada na galera. Não tem uma pessoa que não se divirta com o gordinho aqui - afirma.
Criado no ambiente do futebol, Bola Sete foi um dos precursores na função de animador no país. Ator por formação, ele já fez animação em competições de futebol, vôlei de praia, futebol de areia, futevôlei e handebol.
- Meu primeiro grande evento foi a Copa do Mundo de 1994, nos EUA. Fui contratado por um dos patrocinadores da Seleção para ficar na arquibancada animando a torcida nos jogos do Brasil. Deu certo. Empurramos o Brasil rumo ao tetra - diverte-se ele, que fez outras três Copas do Mundo, além de três Olimpíadas.
Morador de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, Bola faz do seu porte físico a sua própria marca. Pouco preocupado com rótulos em uma sociedade que valoriza a estética, ele afirma que o importante é estar com saúde.
- Sempre fui gordo e nunca vou deixar de ser. Isso está na minha genética e não tem como alterá-la. Apesar do meu corpo, cuido muito da saúde, faço controle alimentar e estou sempre indo ao médico. Os exames estão todos bons e em dia - revela.
Solteiro, Bola Sete mora com a mãe, Dulcineia Reis Santana, primeira esposa de Pai Santana, ex-massagista de Vasco, Fluminense, Botafogo, Bahia e Seleção Brasileira. Muito identificado com o pai - falecido em novembro de 2011 -, o animador diz que Santana era o seu principal incentivador.
- Ele sempre me deu força desde que eu comecei a fazer animações em torcidas. Ele vibrava muito com o meu trabalho. Sinto muito a falta dele. Apesar de ter ficado anos doente, ele estava lá com a gente, sempre sorrindo - destaca.
Vascaíno fanático, Santana não conseguiu passar a paixão pela Cruz-de-Malta para o filho. Apesar de identificado com o Vasco, Bola Sete torce pelo Fluminense, fruto da passagem do seu pai pelas Laranjeiras, antes de chegar à Colina em 1953.
- Meu pai sempre me deu liberdade para eu torcer para o time que eu quisesse. Cresci vendo a foto dele com o time do Fluminense e acabei virando tricolor. Ele sempre respeitou a minha decisão - comenta.
FONTE: GLOBO.COM
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