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quinta-feira, 29 de março de 2012

BC vê inflação em 4,4% em 2012, abaixo do centro do meta


Por Tiago Pariz e Luciana Otoni
BRASÍLIA, 29 Mar (Reuters) - O Banco Central prevê que a inflação deste ano ficará abaixo do centro da meta oficial -de 4,5 por cento pelo IPCA- devido à desaceleração da atividade econômica interna e à maior deterioração do cenário global. Para 2013, no entanto, a autoridade monetária piorou suas estimativas.
Segundo o Relatório Trimestral de Inflação da autoridade monetária divulgado nesta quinta-feira, a estimativa é de inflação de 4,4 por cento neste ano pelo cenário de referência -com juros constantes em 9,75 por cento e dólar 1,75 real. E, para o ano seguinte, o BC vê agora que o IPCA ficará em 5,2 por cento. No relatório anterior, de dezembro passado, as estimativas tanto para este quanto o próximo ano estavam em 4,7 por cento.
O BC avalia que o Brasil está crescendo abaixo do seu potencial e que, pelo seu cenário central, "contempla ritmo moderado da atividade econômica doméstica no curto prazo, com tendência de aceleração ao longo deste ano." Além disso, o BC avalia que as importações estão contribuindo para a contenção dos preços no mercado interno.
"As compras de produtos externos reduz a demanda nos mercados de insumos domésticos e, dessa forma, contribui para arrefecimento de pressões de custos e eventuais repasses para os preços ao consumidor", informou o documento.
O BC manteve ainda em 3,5 por cento a previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano, abaixo do previsto pelo governo, na casa de 4 por cento.
O BC também informou que a chance de a inflação estourar o teto da meta é de 3 por cento em 2012 e em torno de 22 por cento no ano que vem pelo cenário de referência. No documento anterior, estava em 54 por cento e "em torno" de 10 por cento, respectivamente.
No documento, a autoridade monetária voltou a frisar que a taxa Selic vai cair para patamares "ligeiramente acima" de 8,75 por cento ao ano, mínimo histórico que vigorou entre julho de 2009 a abril de 2010, e se estabilizar, como trouxe a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada em meados de março.
 FONTE: BR.REUTERS

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