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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Reitora Volta à Afirmar que Governador Acabou Com Autonomia da UEPB
A reitora da UEPB (Universidade estadual da Paraíba), professora Marlene Alves, fez duras críticas no início da tarde de hoje a postura adotada pelo governador da Paraíba, Ricardo Vieira Coutinho (PSB), que, segundo ela, acabou com a autonomia financeira da instituição e rebateu o que chamou de "insinuações" da secretária de Finanças, Aracilba Rocha. "Ela (Aracilba) é uma desclassificada e não aceito as insinuações que ela está fazendo. Dizer que não sabe para onde vai o dinheiro da UEPB é no mínimo uma afronta aos órgãos fiscalizadores, ou ela acha que nossas contas não são julgadas pelo TCE? Isso é jogo baixo".
Profundamente irritada com a situação da Universidade, a reitora disse que a nota do governo é "mentirosa" e que os recursos não estão sendo repassados a conta da UEPB. "Eles tentam iludir as pessoas, já que é óbvio que nossa conta não foi fechada porque eles não têm este pode, mas deixaram de transferir os recursos diretamente, sim. Esta é a verdade", insistiu.
Marlene reafirmou que os repasses que estão sendo feitos pelo governo estão em desacordo com a lei. "A lei diz textualmente que o valor repassado não pode ser inferior ao percentual do ano anterior. Não existe dubiedade de interpretação nisso, mas simplesmente o governador não quer cumprir", disse. E continuou: "Quando Cássio elaborou esta Lei, a idéia era a expansão gradativa da UEPB e é óbvio que para que isso acontecesse era necessário investir mais recursos, inclusive quando o ex-governador José Maranhão pediu a chegada do Campus para Araruna dissemos que isso só poderia ser possível com o aumento no percentual repassado e fomos atendidos", explicou.
Por fim, em resposta a tuitada do governador, que disse que não se deve confundir autonomia com soberania, a reitora disse. "Soberano é o povo". E completou: "A UEPB vai mobilizar o Brasil e o mundo, porque esta Universidade está em todo planeta. Já é possível sentir isto nas redes sociais", arrematou.
Baixos salários
Ainda durante a entrevista Marlene defendeu os professores tomando posição contra os baixos salários pagos a categoria. Pelos cálculos da reitora, foram cortados cerca de R$ 10 milhões da instituição no mês de janeiro que deveria ter recebido cerca de R$ 27 milhões, mas só foram repassados R$ 17 milhões.
O volume de recursos é calculado com base na Lei da Autonomia, que estabelece repasses de 5,77% das receitas ordinárias do Estado. Para a reitora, o corte no repasse do duodécimo inviabiliza a administração da instituição e deixa inseguro os 240 professores concursados.
Revista do Cariri
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FONTE: REVISTA DO CARIRI
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